Análise Psicométrica - Histórico

A Análise Psicométrica nasceu na França na década de 1890. Foi criada por Bovis como um desenvolvimento no campo da radiestesia. Ele foi uma das pessoas que criou o French Bureau of Standards.

Bovis começou a usar um pêndulo para realizar vários testes qualitativos e, através de um processo de tentativa e erro, finalmente chegou a um método que lhe deu o que ele precisava – confiabilidade. A partir daí não era mais necessário, quando da análise de queijo e vinho, extrair amostras a fim de determinar o estado de maturação.

Durante uma de suas turnês mundiais, o Dr. Oscar Brunler, um físico, interessou-se pelo trabalho de Bovis. Dr. Brunler fez várias descobertas importantes e projetou um instrumento para pesquisas, que ele chamou de Biômetro Bovis-Brunler.

O Dr. Brunler conheceu a Huna na Inglaterra. Ao mudar-se para a Califórnia, encontrou Max Freedom Long e falou acerca de suas descobertas, que através de intensa pesquisa, apoiaram completamente as doutrinas da Huna.

Com o passar do tempo, Max também fez algumas descobertas sobre o que havia sido chamado de Análise Psicométrica. Ele descobriu que o instrumento do Dr. Brunler poderia ser eliminado, desde que o Analista fosse devidamente treinado.

O DESENVOLVIMENTO TÉCNICO DA ANÁLISE PSICOMÉTRICA

O uso do pêndulo requer o treinamento do subconsciente, para que ele possa fazer comunicação direta com seu consciente. Isso envolve um conjunto de movimentos codificados chamados convenções.

Dr. Brunler usou o Biômetro Bovis-Brunler para auxiliar no diagnóstico médico e, manteve históricos precisos e detalhados dos casos.

Bovis e Dr. Brunler estabeleceram através de experimentos que uma leitura de cada órgão interno poderia ser obtida tocando diferentes partes das mãos de uma pessoa e fazendo uma leitura bastante automática no Biômetro. Desta forma, foi obtido um diagnóstico médico da saúde da pessoa em cada um de seus órgãos. Usou uma escala de 0 a 100 para indicar o estado de saúde dos órgãos do corpo. Ele fez 10.000 leituras de pessoas durante as décadas de 1930 e 1940.

A escala foi alterada, passando de de 0 a 1000, quando leituras do polegar direito ultrapassaram o valor de 100 anteriormente estabelecido. Outro valor que chamou sua atenção foi ao fazer a leitura de uma jovem que era mentalmente deficiente, quando a leitura no polegar direito foi a menor das que já havia obtido. Ele voltou aos seus históricos de casos e, lá encontrou a resposta. Quanto mais inteligente a pessoa, maior a leitura do polegar direito.

Então ele organizou suas 10.000 leituras por níveis de graduação e um grande padrão surgiu diante de seus olhos. Tomado como um todo, ele viu que certos traços e habilidades eram comuns a cada nível.

Uma vez que uma pessoa é analisada nessa escala, seu nível inato de inteligência é revelado, bem como quais habilidades ela pode ter, quais habilidades manuais ela possui, em quais ocupações as pessoas desse nível foram mais bem sucedidas, e quais fraquezas ou armadilhas seu nível tem. As características dos diferentes Níveis de Grau Biométrico foram possibilitadas pelas extensas notas que ele manteve em seus históricos de casos.

Quando o Dr. Brunler morreu em 1950, ficou para Max Freedom Long estabelecer qual convenção para as leituras do consciente, do subconsciente, seguidos pelo Nível de Grau Biométrico.

Originalmente, Max havia sido treinado no instrumento Bovis-Brunler Biometer. O Dr. Brunler teorizou que, uma vez que uma amostra representativa da pessoa fosse colocada no Biômetro, ondas reais eram enviadas, e que estas interagiam de alguma forma com o pêndulo. Max projetou um mostrador de relógio que ele considerou ideal para leituras da Análise Psicométrica.

Todos os elementos da Análise Psicométrica Padrão estavam agora em vigor. O trabalho experimental para estabelecer sua confiabilidade havia sido feito. Agora era hora de assimilá-lo sob o ponto de vista da Huna e começar a usá-lo como uma importante ferramenta de investigação.

A pesquisa, que durou mais de uma década depois que Max publicou seu livro, Psychometric Analysis (1959), apontou que apenas uma pergunta específica poderia ser feita durante uma leitura na Análise Psicométrica.

TREINAMENTO

Primeiro, as convenções do uso do Pêndulo tinham que ser aprendidas. Não adianta seu subconsciente (aunihipili) sentir uma necessidade e não ter ideia de como expressá-la no mundo real. Portanto, é importante desenvolver a comunicação entre os dois Eus, a interface auhane (consciente) /aunihipili (subconsciente) – e o local onde as impressões da Psicometria são apresentadas. O aunihipili (subconsciente) deve traduzir suas impressões sensoriais em imagens para poder usar a interface.

O analista psicométrico faz uso de um testemunho, ou seja, algo que tem um fio 'aka anexado - uma assinatura em tinta, uma fotografia, uma gota de sangue ou saliva ou outro fluido corporal. No curso geral, prefira usar uma assinatura à tinta.

Com o pêndulo centrado sobre o mostrador do relógio aguarda-se o início do movimento. Depois de um tempo, o pêndulo começa a balançar. Uma vez concluído, o padrão é transferido para o mostrador do relógio e o processo é repetido até que não haja novos elementos.

Isto é seguido por uma análise de cada um dos três elementos: o positivo e o negativo do auhane (consciente), sua força, qualquer desenvolvimento mental etc., a construtividade ou destrutividade do aunihipili (subconsciente), seu nível de mana (a carga permanente), a presença de complexos e/ou fixações etc., e o Nível de Grau Biométrico.

Link para o download gratuito da apostila:

https://drive.google.com/file/d/1XgaeeiCXx0_RAozoAhWb69WqeeS5K4_Y/view?usp=share_link


O ensino do latim – uma decisão política


Para Paulo Rónai

de Otto Maria Carpeaux

“Defensores da democracia pedagógica choram pelos meninos pobres que não têm oportunidade para aprender latim; e “por isso” querem abrir-lhes a escola sem latim. O amor, à democracia; o ódio, ao humanismo.”

De cinco em cinco anos, aproximadamente, o ensino no Brasil passa por reformas, cada vez mais fundamentais e mais definitivas, das quais cada uma constitui a glória de um ministro, transformando-se logo depois em ferro velho. Essas viravoltas periódicas, sempre baseadas nos últimos resultados da ciência pedagógico-psicológico-filosófico-acaciana, lembram irresistivelmente as palavras que o velho Dr. Samuel Johnson dizia ao seu Boswell (26 de julho de 1763): “Sir, tanto faz o que o senhor ensina primeiro aos meninos como não importa qual das suas pernas bota primeiro na calça. Sir, é possível discutir o problema, mas durante esse tempo a calça fica vazia. Enquanto vocês discutem o melhor método do ensino, os meninos não estudam nada — e já poderiam ter aprendido muito”. O velho, com seu bom senso inglês, não tem porventura razão? Será que os resultados do ensino justificam o luxo metodológico? E justifica-se mesmo o barulho em torno dos métodos psicológicos num país que precisa de alfabetização e de universidades? Mas não é isso, dirão: o problema é de natureza política.

São considerações de ordem econômica e social que impõem as reformas sucessivas, sem as quais as elites brasileiras se petrificariam. Cita-se, como advertência, o exemplo inglês: na Inglaterra, a cultura humanística continua sendo privilégio econômico, gravíssimo obstáculo da democratização, que é o ideal — também o ideal pedagógico — do No­vo Mun­do. De­wey é o mes­tre de to­dos nós: o fim é a de­­mo­cra­ti­zação do ensino, a cultura para to­dos; e a pri­meira vítima dessa resolução política é o en­sino do latim.

Só os filhos dos ricos po­dem-se permitir o luxo de estudar latim durante muitos anos. E para que serve? A esse respeito, leram-se nos últimos tempos opiniões das mais estranhas, p.ex., o ensino das línguas clássicas seria supérfluo porque o pensamento da Antiguidade estaria integralmente depositado “em Ruy Barbosa e nos poetas brasileiros”. Também já se dizia que existem ótimas traduções; então, por que não substituir o ensino superior pela leitura de uma boa enciclopédia? Vivemos mesmo na época de Seleções e das vitaminas em latas. Mas em vez de expor contra-argumentos é preferível citar o fato de que a oposição contra o ensino humanístico nem sempre é movimento muito democrático. Na Dinamarca, por exemplo, aboliu-se em 1903 o ensino das línguas “mortas” em consequência de uma verdadeira revolta dos camponeses, adeptos fanáticos de seitas religiosas, contra o detestado “progressismo pagão” das cidades. Leia-se, a respeito, o livro de Vi­lhelm Andersen (“História do espírito dinamarquês”, 1924) para ter ideia dos prejuízos causados à cultura daquele país, sem que se modificassem em nada as bases econômicas do acesso à escola secundária.

Pois existe na própria maneira de colocar o problema um equívoco, uma daquelas falhas de lógica contra as quais o estudo da gramática latina ainda continua sendo bom remédio. Nada há de mais justo do que a aspiração de tornar acessível a todos a escola secundária, cuja função primordial é a transmissão do repositório cultural de nossa civilização. Eis a fórmula da democracia pedagógica. Para realizá-la existem vários meios: ensino gratuito em casos especiais ou em geral, bolsas etc. Mas não é meio para tanto a modificação dos programas no sentido de tornar mais acessíveis estes. Seria como uma diminuição do custo de vida, à condição de rebaixar o valor nutritivo dos cardápios. Mas, dizem, os “todos” não têm uso, na vida, para conhecimentos de línguas clássicas! Aí se revela bem claramente o equívoco: alegam falar da acessibilidade dos estudos secundários para todos, mas na verdade falam da finalidade dos estudos secundários; é esta última que pretendem modificar, usando como pretexto o ideal da democratização que não tem nada com aquilo. Choram pelos meninos pobres que não têm oportunidade para aprender latim; e “por isso” (quiproquó dos mais horríveis) querem abrir-lhes a escola sem latim. O amor, à democracia; o ódio, ao humanismo.

Qual é o motivo desse ódio? É um preconceito bem explicável, produzido pelos muitos séculos de ensino meramente gramático-retórico sem consideração das necessidades da vida. Se conhecessem melhor a prosa de Heine citar-lhe-iam a frase espirituosa: “Os romanos nunca teriam conquistado o mundo se tivessem de aprender, antes, a gramática latina”. Por isso os inimigos do latim não ficam impressionados com os melhores argumentos lógicos e filológicos em favor da língua “morta”. Nem os impressiona o fato de que, na França, tiveram de restabelecer em 1908 o pleno horário do ensino de latim cuja diminuição prejudicara manifestamente a qualidade dos temas escritos em francês. Não querem ouvir de temas nem de escritos: chega de palavras, precisamos de coisas! Resta saber quais as coisas.

Coisas da nossa vida, evidentemente! Por isso mes­mo vamos abolir o ensino das coisas obsoletas da Antiguidade greco-romana. Mas não seria menos obsoleto (ou antes mais) a ciência da Idade Média? Claro que sim. E a Renascença? Em certos círculos modernistas nossos, não existe maior insulto do que ser “partidário da Florença dos Médicis”; e Thibaudet já reconheceu como consequência lógica da abolição do latim a resolução do “bruler le Musée du Louvre”. Do Barroco, época do absolutismo tirânico, nem vale a pena falar; até a primeira metade do século XVIII ainda pertence à mesma era sinistra. A vida, a verdadeira vida nossa, teria começado bem tarde, ontem. Nem isso, só começará amanhã. Eis o futurismo italiano, a estupidez que acabou no crime; fenômeno de 1910 que já estava condenado na Europa quando chegou a essas paragens, saudado como dernier cri pelos pernósticos do futurismo americanista. Porque aqui o movimento tem outra significação, bem mais grave: o problema é o seguinte: seria a civilização americana fenômeno novo, autônomo, ou então parte integral e continuação da civilização ocidental europeia? A resposta (da qual também depende a manutenção ou abolição do ensino do latim) envolve evidentemente uma decisão política à longa vista e de grande envergadura.

Seja testemunha, nessa discussão, o “Praeceptor Magnus” daquele “futurismo americano”: o próprio Dewey. Seu individualismo democrático, descendente direto do empirismo inglês, está muito menos perto da tradição puritana da América do Norte do que da tradição progressista da Europa moderna: e esta última não é nem poderia ser de hoje; é antiquíssima. A dignidade de toda criatura humana, esse conceito básico da democracia, não pode ser mantido enquanto a criatura só se considera como aglomeração de mús­culos, ossos, nervos, reflexos condicionais e reações subconscientes. Pois, que valor, que dignidade teria um complexo assim que é, ainda por cima, facilmente substituível? Evidentemente o conceito precisa ser formulado de outra maneira. Talvez não queiram ouvir a fórmula religiosa, a do valor insubstituível de cada alma humana, dogma fundamental do cristianismo. Mas então ouçam a fórmula filosófica, a que está escondida na própria expressão “indivíduo”: o que não se pode dividir porque é uma totalidade viva; e esse conceito, ainda vivo no direito romano, é de origem grega.

Será que possa ser substituído por fórmulas novas, talvez equivalentes? Com surpresa li, nas discussões a respeito, a opinião de que a Alemanha teria mantido, integralmente, o ensino humanístico. Não é exato. A partir de 1880 e mais acentuadamente a partir de 1900 o ensino humanístico na Alemanha cedeu cada vez mais ao ensino técnico-profissional. Começou com isso o esplendor industrial e a decadência espiritual da nação, envolvendo enfim a decadência moral, produzindo-se o estranho fenômeno do mais eficiente progresso material ligado ao desprezo completo dos conceitos caros a Dewey e seus discípulos. Conhecem o fim: prêmios Nobel em quantidade, e quantidade maior de campos de extermínio. Mas no fundo não há nada de estranho nisso. Pois o cordão umbilical que horizontalmente nos liga ou devia ligar a todas as criaturas humanas é o mesmo que nos liga verticalmente ao passado, até àquele Império Romano que hoje já não é mais deste mundo: acabou deixando apenas um livro insubstituível — a gramática latina.

Otto Maria Carpeaux, nascido Otto Karpfen (Viena, 9 de março de 1900 – Rio de Janeiro, 3 de fevereiro de 1978), foi um ensaísta, crítico literário e jornalista austríaco naturalizado brasileiro.

*Nota do editor: Este artigo foi publicado originalmente em “Vida Política”, suplemento de “A Manhã”, Rio de Janeiro, 25 dez. 1949, p. 1-2, e permanece inédito em livro. O texto original teve revisão e preparação especial do editor Eduardo Zomkowski, idealizador do blog Projeto Carpeaux.

Fonte:

https://www.jornalopcao.com.br/opcao-cultural/o-ensino-latim-uma-decisao-politica-91887/

Vocabulário latim-português

Baseado no livro - Lingua Latina Per Se Illustrata – Familia Romana

Abaixo o link para fazer o download do arquivo Anki do vocabulário latim-português das palavras que aparecem ao longo do livro. Reforçamos que é necessário que você tenha uma conta no Anki e, caso não tenha segue os links – do programa e do arquivo.

Link do programa: http://ankisrs.net.

Link do arquivo:

https://drive.google.com/file/d/15akvfM_dR3rlSlS-xp0riznTXNU_wUsV/view?usp=share_link

APRESENTAÇÃO

A série didática Lingua Latina Per Se Illustrata (1) (1990), de Hans Henning Ørberg (1920-2010), publicada inicialmente em 1965, sob o título Lingua Latina Secundum Naturae Rationem Explicata, está pautada na abordagem direta, cujos preceitos se fundamentam no aprendizado de forma indutiva. Nesse sentido, a tradução e o uso de dicionário são prescindíveis, e a aquisição lexical deve se realizar de forma natural, através da exposição repetitiva às palavras, que se apresentam de forma contextualizada, e, em alguns casos, com o apoio de ilustrações.

A despeito disso, a partir da observação das aulas na graduação (2) e nos cursos de extensão ou ainda em cursos livres, onde fazemos uso de LLPSI (3), foi possível identificar a demanda de um vocabulário de apoio para esclarecer possíveis dúvidas, sobretudo quando o aluno não está na presença de um professor.

Oferecemos, portanto, aos nossos alunos e demais usuários do livro Lingua Latina Per se Illustrata - Familia Romana um vocabulário latim-português para auxiliar o processo de aprendizagem, especialmente ao aluno que estuda de maneira autônoma. Segue ainda um apêndice com o vocabulário latim-português das palavras gramaticais que se apresentam ao longo do livro.

Serviram de referência para elaboração desse material os vocabulários produzidos em espanhol por Emilio Canales Muñoz e Antonio González Amador (4) e o vocabulário em inglês de autoria de Jeanne Marie Neumann (5).

É importante destacar que esse material é fruto de um trabalho coletivo que contou com o apoio de alunos que participaram em várias fases do projeto. Além da preciosa colaboração do graduando Kleveland Barbosa, cabe ainda destacar o apoio de Braulio Pereira, cuja colaboração foi assídua durante a sua participação como monitor no curso de latim do projeto CLAC/UFRJ.

Este material terá a sua distribuição de forma digital e gratuita. Atualizações e revisões serão realizadas sempre que necessário.

Fazemos votos de um bom uso e agradecemos antecipadamente as sugestões e críticas vindouras.

Os organizadores

(1) Primeira edição em 1990.

(2) Os livros da série LLPSI são adotados, entre outros, em aulas de graduação da Professora Laura Quednau e nas aulas do curso de extensão NELE-Latim do Instituto de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, nas aulas do curso de extensão CLAC-Latim da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro e no curso livre Schola Classica.

(3) Lingua Latina Per Se Illustrata

(4) Hans H. Ørberg, Lingua Latina Per Se Illustrata, Vocabulario Latín-Español I, Cultura Clásica, Granada, España, 1ªedição, 2006; 2ª edição, 2008.

(5) Lingua Latina, A College Companion. Based on Hans Ørberg’s Latine Disco, with Vocabulary and Grammar. Focus Publishing, USA, 2008.

 

Organização e Revisão: Katia Teonia Costa de Azevedo – Laura Quednau – Matheus Knispel da Costa

Colaboração: Kleveland Barbosa

Porto Alegre – Rio de Janeiro – 2016.

Fontes:

(PDF) Vocabulario Latim-Portugues baseado no livro Lingua Latina per se Illustrata (researchgate.net) – janeiro/2021.

(16) (PDF) Vocabulário Latim-Português baseado no livro Lingua Latina Per Se Illustrata - Familia Romana | Katia Teonia Costa de AZEVEDO - Academia.edu – janeiro/2021.


O mal não existe


Um professor universitário perguntou aos alunos: "Deus criou tudo na terra?"

Um aluno respondeu: "Sim".

O professor mais uma vez insistiu: "É verdadeiro isto? O mal também? Então, na verdade, Deus não é bom, Deus é mau!"

Os estudantes ficaram em silêncio. O professor estava feliz consigo mesmo.

Porém, outro aluno perguntou: "Senhor professor, posso fazer uma pergunta?"

"Claro", disse o professor. O estudante levantou-se e perguntou: "Existe o frio?"

"Certamente, uma pergunta estranha, você nunca sentiu frio?" Os estudantes começaram a rir.

O estudante continuou: "Realmente, senhor, o frio não existe. De acordo com as regras da física, o frio é apenas uma falta de calor.

Pessoas e objetos podem descrever e medir cientificamente seu calor, energia de calor, mas nunca a radiação da frieza. A ideia "frio" foi criada para que possamos descrever que sentimos falta de calor. "

O aluno disse ainda: Senhor professor, há escuridão?

"Claro que existe", respondeu o professor.

"Não, da mesma forma, a escuridão não existe. Na realidade, é escuro por causa da não presença da luz. A luz podemos explorar, mas a escuridão não podemos medir. A escuridão não tem seu aparelho de medição. Escuridão é apenas palavra, que o homem inventou para nominar a falta de luz ".

O jovem fez em seguida outra pergunta: "Senhor, existe realmente mal?"

O professor respondeu pensativamente: "Bem, é claro, todo dia aparece o mal. As pessoas são agressivas, estranhas, violentas, tudo é uma manifestação do mal."

O estudante respondeu: "O mal não existe, senhor. O mal é falta de bem, falta de amor no coração do homem. O mal nasce igualmente como frio e escuro".

O professor ficou em silêncio e sentou-se.

Na verdade, o jovem estudante era Albert Einstein.

Autor: Jindřiška Drahotová


O dia dos três reis como dia da generosidade


Nos países com uma tradição do cristianismo ocidental o 6 de janeiro, é considerado o último das 12 noites sagradas. No domingo seguinte, quando festejamos o batismo de Jesus no rio Jordão, o solene período do nascimento de Cristo termina. Em um dos dois dias em muitas famílias, a Árvore de Natal é desmontada. Ao contrário dos países com tradição ortodoxa, por exemplo, na Rússia, Sérvia ou Grécia, 6 e 7 de janeiro é o verdadeiro dia de Natal. A razão é que o calendário juliano, que é liturgicamente usado, comparado ao calendário gregoriano usual está atrasado em 13 dias. Então, o dia 7 de janeiro é na verdade 25 de dezembro.

O dia é tradicionalmente chamado de Epifania, que significa a manifestação da Deidade. Ele aconteceu não só como adoração diante do nascimento de Jesus-criança. Comemora-se então, também o primeiro milagre de Jesus durante o casamento em Kano, quando ele transformou a água em vinho. Por muitos o dia, no entanto, é mais conhecido sob o nome do Dia dos Três Reis. Segundo o Evangelho de Mateus, eles, liderados pela misteriosa estrela, vieram de longe a Belém, para adorar o profeta nascido bebê, que será o Rei dos Reis e trará com ele dons raros. Originalmente, no entanto, tratava-se de mágicos, eruditos ou sábios sobre os quais a Bíblia não citava nome nem quantidade. Somente no evangelho armênio apócrifo posterior está escrito que seus nomes eram Melquior (o rei da Pérsia), Gaspar (o rei dos hindus) e Baltasar (o rei dos árabes). Também se supõe que evoluíram de uma lenda medieval, que transformou homens sábios em reis e a eles atribuíram três presentes simbólicos - ouro, incenso e olíbano (mirra). Além disso, o próprio trio pode ser entendido simbolicamente - como três raças humanas originadas dos filhos de Noé, três continentes do velho mundo, três estágios da vida humana ou aspectos do tempo.

Em 13 países europeus, o dia 6 de janeiro é uma festa de estado oficial. Mas mesmo nos países, onde trabalha-se diariamente, o dia também para os não-cristãos é especial e está ligado a tradições específicas. Vamos mencionar pelo menos algumas delas. Por exemplo. No Reino Unido, na França, na Valônia belga, na Espanha e vários países da América Central e do Sul um bolo especial é assado, no qual geralmente se insere ervilha ou feijão, representando a pequena figura de um rei. Quem o encontrar em sua porção, é chamado de rei ou rainha e pode levar uma coroa especial durante o dia ou na véspera. Supõe-se que este costume vem da Roma antiga, onde as favas foram usadas como instrumentos de loteria que escolhiam o rei da solenidade.

Na Espanha, a festa começa já no dia 5 de janeiro, à noite. Depois, desfilam pelas ruas, em cerimônias coloridas com os três reis que montam a cavalo ou andam sobre camelos e debaixo das selas espalham bombons e doces. As crianças se preparam diante da porta da casa ou sobre o balcão com refrescos para os reis e seus animais. E de manhã, após o despertar, eles encontram ali presentes para si.

Na Itália, os presentes para as crianças carregam a imagem da bruxa Befana, feia e sem bom coração.  Ela é profana, mas seu nome é originalmente relacionado à palavra Epifania. Segundo a lenda, os três reis peregrinos de Belém encontraram uma idosa, a quem se ofereceram participação, mas ela recusou. No dia seguinte, se arrependeu, tentou encontrá-los, mas não teve sucesso e, portanto, ela nunca viu o pequeno Jesus. A partir de então, da noite do dia 5 a 6 de janeiro ela deixa em cada casa, onde houver crianças, presentes, no caso de serem o pequeno Jesus.

Na Áustria, Alemanha e República Tcheca pode-se naquele dia se encontrar nas ruas, garotos, geralmente vestidos com longas camisetas brancas e com grandes coroas de papel na cabeça, que cantam uma canção de ano novo e frequentemente recolhem em uma caixa especial, dinheiro para fins de caridades. Originalmente, aqueles meninos circulavam desejando bons votos de casa em casa e recebiam por isto deliciosas iguarias ou moedas. Em muitos locais no campo este costume é mantido. Segundo a tradição, os reis meninos escrevem sobre os escudos das casas as letras C ou K † † M † B e o respectivo ano. Mas as letras não significam seus nomes (Gaspar, Melquior e Baltasar), como muitos pensam. Trata-se da abreviação da frase em latim "Christus mansionem benedicat" - Cristo abençoe a casa. E as pequenas cruzes entre os nomes significam o Santíssimo Triângulo, então elas não são um sinal de mais ou palavra "e", como frequentemente se pensa.

Conclusão, o dia dos Três Reis é um dia geral de corações abertos - de prazer, de boa vontade e de generosidade. Se você desejar, independentemente de seu conceito de mundo e crença, você mesmo pode ser inspirado pela tradição e agir como os antigos sábios. Começara a ouvir a voz do seu coração, iniciar o caminho desconhecido, superar seus obstáculos e manifestar sua bondade. Na prática, pelo menos distribua os últimos bons desejos de ano novo, ou faça seus amigos felizes com algum presente ou surpresa, não necessariamente material. Frequentemente o seu tempo é mais valorizado com a    atenção, que você dedica a eles. Criação comum, jogo, visita, excursão, experiência cultural, algo que pode ser feito em comum para não se sentir solitário. Ou você pode ajudar com algo minúsculo ou tornar agradável o dia para alguém em sua vizinhança: aquele que realmente precisa.

Cada um de nós tem algo em si, para enriquecer o mundo. Na verdade, realmente rico não é aquele que muito tem, mas aquele, que dá muito de si mesmo. Não se esqueça que o que estamos emitindo para o mundo, retornará três vezes. Desfrute da generosidade do seu coração, não apenas durante este dia, mas para o próximo ano!

Fonte: http://esperantaretradio.blogspot.com

Autor: Pavla Dvořáková
República Tcheca

Três quartos dos solos no mundo danificados

Os danos nos solos atingem níveis alarmantes em escala mundial. De acordo com a publicação de 21 de junho sobre desertificação no atlas Mundial do Centro Comum de Pesquisa da União Europeia, 75% dos melhores solos do mundo, principalmente os da África e da Ásia. A Europa não foi poupada.

Devido ao crescimento demográfico e às maneiras de consumo ocidentalizado, a pressão sobre os solos não para de crescer. De acordo com o atlas Mundial sobre desertificação, 75% dos solos sobre os mares já estão danificados. No ritmo atual, esta quantidade poderá atingir 90% em 2050.

É na África e na Ásia que os danos aos solos progridem mais rapidamente. De acordo com o Centro Comum de Pesquisa, a situação poderá causar o deslocamento de 700 milhões de pessoas em 30 anos, devido à pobreza dos solos.

13 países europeus são afetados pela desertificação.

A Europa não é poupada desse fenômeno. Bulgária, Croácia, Chipre, Grécia, Hungria, Itália, Letônia, Malta, Portugal, Romênia, Eslováquia e Espanha já estão enfrentando a desertificação, com uma área igual a 8% do continente.

Segundo a Comissão Europeia, ‘a danificação dos solos e a mudança climática poderiam causar uma perda de aproximadamente 10% da produtividade na agrocultura, de agora até 2050’. A proporção calculada em escala mundial, mas que esconde fortes diferenças entre regiões aponta que a diminuição das quantidades produzidas poderá atingir 50% na Índia, China e na África subsaariana, com uma perspectiva de consequências geopolíticas amedrontadoras.

Nota: Este artigo apareceu pela primeira vez no jornal francês ‘Journal de l’environnement’.

Dinah MacKenzie
França


Fonte: http://esperantaretradio.blogspot.com

Nada substitui o livro impresso


A minha memória mais antiga vagueia entre meu quarto ou quinto aniversário, quando acordei com cheiro e sabor de chocolate e sobre o meu travesseiro estava um LIVRO. Meu primeiro livro! Falava de fábulas russas, muito belamente ilustrado o que evocava minha fantasia. Minha mãe lia e lia, eu nunca queria que ela parasse de ler, mas o tempo   passa rapidamente e, eu deveria começar a aprender a ler, até porque minha mãe dera à luz a várias crianças e não mais tinha tempo somente para as minhas necessidades.

Durante minha infância passei muitas horas com o livro. Quando eu lia, eu não mais percebia as redondezas. Acontecimentos descritos substituíram a vida. Minha fantasia cresceu, os contos me ensinaram como agir para atingir objetivos, como vencer concursos, como não desistir. No conto havia sabedoria, (ao mesmo tempo um pouco de astúcia), muitas ideias boas e engenhosas. Encontrei exemplos, de como me conduzir, se eu desejasse ter sucesso na vida. No conto havia muitas instruções. Eu fui paciente com os livros. Era tempo de descortinar novas aventuras, por esta razão eu entrei na vida mais preparada.

Durante minha juventude aprendi a fundo todas as descrições de vida dos artistas, escritores e personalidades.

Através do livro eu aprendi a fundo todas as línguas conhecidas. Os livros didáticos me lembraram do dever – quanto mais línguas eu conhecesse, mais poderia compreender outro mundo. Eu nunca me entediei com o livro.

Como eu me sinto com relação aos meus primeiros netos, eles não têm tempo para ler! Na vida deles vieram os computadores que os instigam a brincar, os excitam durante o jogo. A fantasia não é mais desejada, tudo é bem preparado e as crianças apenas consomem. Se eles quisessem que alguém contasse a eles contos, escutariam gravações sonoras, ninguém na família leria fábulas antes de dormir. A leitura lenta dificultou a aprendizagem. Pobre geração perdida! Eu não sei, o que contarão aos seus descendentes.

A geração atual de pequenos netos recomeça a gostar de livros impressos. Para eles, o livro tem valor como para nós – desejado amigo de viagem. Para os pais uma nova super tarefa se levanta: escolher BOA LEITURA. Nem todo conto, nem todo livro tem valor, devemos nos atentar para de que forma usaremos o livro para enriquecer a linguagem de nossos queridos descendentes.

O livro me acompanha desde sempre. Há tantos belos acontecimentos no livro! Eu poderia viver sem um livro? Nunca. E você?  Você tem o mesmo sentimento?

Autor: Jarka Malá - República Tcheca

Fonte: http://esperantaretradio.blogspot.com - 23-11-2018