Uma das coisas
mais intrigantes de todos os tempos é a questão da misteriosa energia de cura –
uma energia que tem a habilidade aparente de fazer “milagres” e transformar não
somente a medicina, mas também a vida.
Utilizada desde
o período pré-histórico; a começar pelos kahunas e, atualmente incorporada por
alguns médicos em suas práticas diárias, foi revelada a cada um de uma forma,
recebendo diferentes denominações.
Foi chamada
pelos chineses de ch´i. De vis medicatrix naturaee por Hipócrates; de archaeus
por Paracelso, de magnetismo animal por Mesmer. Era a força Odic do Barão Karl
von Reichenbach, a força vital de Samuel Hahnemann, o orgone de Wilhelm
Reich. D.D. Palmer nomeou-a de Innate. Ela é o ki dos japoneses, o prana
dos hindus, a mana dos polinésios e, o orenda dos índios americanos.
Apesar de suas
várias denominações, esta exclusiva força universal exibe sempre as mesmas
propriedades: cura; penetra tudo; acompanha os raios solares; tem propriedades
similares a outros tipos de energia, mas uma força distinta; possui polaridade
e pode ser refletida por espelhos; emana do corpo humano e tem sido
especialmente detectada nas pontas dos dedos e olhos. É passível de ser
conduzida por metais e fios de seda, de ser armazenada em materiais inanimados
tais como água, madeira e pedra; varia com as condições do tempo; pode ser
controlada pela mente; pode provocar acontecimentos à distância e entra na
dinâmica dos fenômenos paranormais. Além disso, pode ser usada tanto para
o bem quanto para o mal.
Freqüentemente
relacionada a poderes da mente e como tendo uma inteligência própria, o
fenômeno começou a emergir como uma parte da consciência. Como resultado, a
exploração da consciência tornou-se a ocupação principal. Este pensamento deu
nascimento a uma nova antologia ou ciência do ser que reconhece o homem como
uma unidade holística de corpo-mente-espírito, cujo propósito primário na vida
é participar na evolução da consciência individual e coletiva. A energia de
cura é um elemento essencial nesta área.
O
segredo Huna
A mais antiga
menção da energia de cura vem dos antigos kahunas, chamavam-na mana, e era
usada através de um sistema psicoreligioso denominado huna, que produzia o que
normalmente denominamos mágica. As pesquisas de Max Freedom Long fizeram-no
supor que o primeiro kahuna era membro das doze tribos que viveram no deserto
do Saara. A palavra huna significa segredo e kahuna, portador do segredo. O
segredo refere-se ao conhecimento de como fazer os milagres acontecerem, tanto
na cura quanto na vida diária. A eficácia do huna, é baseada num profundo
conhecimento da natureza em todos os sentidos. Os kahunas eram tanto bons
psicólogos quanto mestres das ciências naturais. Isto fazia com que os milagres
acontecessem. Mana é provavelmente a denominação mais antiga para a energia de
cura; e talvez um dia cheguemos à conclusão de que os antigos kahunas, com seu
sistema ético de psico-religião sabiam as respostas para questões que muitos de
nós nem começou a perguntar-se.
Os
fundadores da medicina holística: Pitágoras e Hipócrates
O nome que
Pitágoras dava a energia de cura era pneuma que alegava ser proveniente de um
fogo central do universo e que provê o homem não apenas de sua vitalidade, mas
também da sua alma imortal. O fogo central de Pitágoras era a força primordial,
a centelha que dá vida ao homem. A saúde física era integralmente relacionada
ao bem-estar da mente e espírito, por isso, podemos considerá-lo o fundador da
medicina holística.
Hipócrates,
conhecido como o “pai da medicina” acreditava em uma energia de cura, a vis
medicatrix naturaee (o poder de cura da natureza). Em qualquer cura, dizia ele,
esta energia é o principal curador, e tudo o que o médico pode fazer é remover
ou reduzir os impedimentos para o apropriado fluxo dessa energia.
Paracelso
Acreditava em
uma energia de cura que irradiava dentro e envolvia o homem como uma esfera
luminosa. Esta força que ele denominou archaeus podia funcionar à distância e
era capaz de criar e curar doenças. Também disse que as estrelas e outros
corpos, especialmente magnéticos, podem influenciar o homem por meio de sua
força, que penetra todo o espaço. Foi essa teoria que ficou conhecida como
magnética ou sistema simpático da medicina, que é a base da cura magnética.
Paracelso já dizia: “se dado em pequenas doses, o que faz um homem doente
também o cura”.
Franz
Anton Mesmer
Acreditava que o
corpo era polarizado (positivo / negativo); e se essa polaridade pudesse ser
combinada com a energia universal de cura, ou fluido, o poder resultante
curaria a doença. Acreditava que a saúde era baseada no livre fluxo da energia,
ou fluido vital, através do corpo, que a doença se estabelecia quando o fluxo
era bloqueado. Acreditava também que a força vital podia ser atraída e aplicada
através do uso de magnetos.
Reichenbach
Um dos mais
renomados cientistas do século XIX, descobridor do querosene, provocou um
choque no mundo científico quando anunciou a sua descoberta da energia de cura,
a qual chamou de Od, ou de força Odic. Achou o nome mais aplicável do que
magnetismo animal visto que o nome Od vem do deus escan-dinavo, Odin, que
significa grande poder. Estava convencido de que Od era a força que permeava
toda a natureza e, para provar sua existência, conduziu centenas de
experimentos por quase três décadas.
Samuel
Hahnemann
Conhecido como o
fundador da homeopatia, reconheceu uma energia curativa a qual denominou
algumas vezes de força vital. As doses homeopáticas são menores do que as
usadas em vacinas e, são prescritas para tratar a pessoa como um todo – corpo,
mente e alma. Hahnemann acreditava que era a energia da substância, mais do que
a própria substância, que curava. Como disse, ele chegou ao coração da matéria,
ou melhor, dizendo, o coração da energia. Foi um dos primeiros médicos a juntar
biologia e psicologia com física em um sistema prático de cura. A homeopatia,
de alguma forma misteriosa, trata o corpo como energia mais do que matéria.
Wilhelm
Reich
Psiquiatra e
cientista convenceu-se de que tinha descoberto o segredo de toda a criação ao
qual denominou energia organe, uma massa livre de poder primordial que opera
através do universo como a força básica de vida. Descrevia esta energia como
estando presente em todas as coisas vivas, bem como na atmosfera e no solo.
Dizia que o fluxo correto desta energia através do corpo era essencial para a
saúde. Acreditava que o sol produzia esta energia e que estava relacionada às
variações do magnetismo da Terra. Poderia também ser medida eletricamente ou
por termômetro e era visível como uma radiação cinza-azul em filme colorido.
Sabemos que
energia e matéria são dois aspectos do mesmo fenômeno. Entendemos que o corpo
humano é tanto energia (ondas) quanto massa (partículas sólidas). Os maiores
físicos de nosso tempo Einstein e Planck reconheceram a energia através da
matéria – uma força criativa que vem através da maravilhosa ordem do universo e
de cada ser e objeto do universo. Desta forma a energia que permeia tudo é a
base para a força de cura.
O conceito de tratar
o corpo como um todo, mente-espírito-matéria, parece ser a premissa básica para
aqueles que lidam com energia terapêutica. Medicina holística, da palavra grega
holos, é baseada no tratamento deste mente-corpo-espírito e, o fator unificante
é sempre energia. A orientação é sempre a de se curar o paciente e não a doença
propriamente. É possível que nós vivamos dentro de um oceano invisível e
inteligente de energia que penetra as células de nosso corpo. A questão é:
podemos aprender a controlá-la?
Procuramos aqui
fazer um pequeno apanhado da história da energia de cura, para desmistificarmos
um pouco a ideia que muitos têm em relação à medicina holística, algumas vezes
denominada de tratamentos alternativos a que muitos ridicularizam e a que não
dão o devido valor. Hoje com o avanço da ciência, em especial da física
quântica, muito dos ditos “milagres” e, métodos alternativos, estão sendo
demonstrados à luz da ciência o que mostra que devemos deixar de lado os nossos
pré-conceitos e assumir uma nova postura diante da vida.
Para aqueles que
desejam conhecer um pouco mais recomendamos a leitura de: Seekers of the
healing energy – Mary Coddington (referência deste texto) e, Medicina
Vibracional – Richard Gerber.
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