O que é Radiestesia?

“O diagnóstico radiestésico é livre. A função do radiestesista não tem nada a ver com a do terapeuta; é a função de um físico. Um físico, não um médico, este é o lema que se tem que recordar e aplicar”. (Charles Brouard)

Escrever sobre radiestesia é sempre um desafio embora sua prática remonte à pré-história. É que até hoje muitas pessoas a olham com pré-conceitos. Isto se deve ao fato de que é uma prática considerada, por muitos, como de pouco valor científico e, o que é pior, ligada a misticismos e magias.

A radiestesia pode ser aplicada a toda e qualquer área do conhecimento humano, basta somente ser radiestesista e ter conhecimento sobre a área que estamos pesquisando. Entendemos como conhecimento a formação necessária, inclusive a acadêmica. Por exemplo, em minha opinião, não existe a tão propalada radiestesia clínica, e sim um profissional da saúde (médico, enfermeiro, etc.) que também é radiestesista, ou que pede ajuda de um radiestesista, mas é o profissional da saúde quem dá o diagnóstico clínico. O mesmo procedimento deve ser seguido nas outras áreas do conhecimento humano.

Precisar a origem da radiestesia não é uma tarefa simples. Se falarmos em termos de registro, citações são encontradas: na Bíblia, em gravuras antigas na China e no Egito, na mitologia nórdica. Heródoto, o Pai da História, menciona o uso de varas de salgueiro no século 5 AC. Os maoris (Nova Zelândia) fazem perguntas às varas de adivinhação feitas da madeira mahoe (Alectryon macrococcum e A. mahoe). A prática vem do uso das ‘varinhas mágicas’ chegando hoje ao instrumento mais popular que é o pêndulo.

De acordo com alguns pesquisadores a Alemanha pode ser considerada a origem da radiestesia moderna, e a França a origem da radiestesia médica. Em 1913, um biólogo francês, Armand Vire, partiu para refutar a prática da radiestesia, mas acabou reconhecendo o ‘fenômeno’ que não pode ser objetivamente explicado pela ciência. Ele sinaliza o advento da radiestesia médica, que só ocorreu quando o padre Jean Jurion, o abade Alexis Bouly, o padre Jean-Louis Bourdoux e o Abbé Alexis Mermet se envolveram. Há os que dizem que o Caduceu – símbolo da medicina moderna, é baseado na varinha de adivinhação.

O termo radiestesia foi criado pelo abade Alexis Bouly, através de uma combinação de uma raiz latina ‘radiação’ e uma raiz grega para ‘percepção’ com o significado de ‘percepção à radiação’. Sua preocupação foi a de dar credibilidade a radiestesia, primeiro separando-a do passado controverso e finalmente através de testes científicos.

Embora a radiestesia seja aplicada a diversas áreas, tais como: Prospecção Hidromineral; Pesquisa Geobiológica, Agrícola e Ecológica, Bioarquitetônica, Arqueológica, Criminalística e Militar, Psicológica; é a área da saúde (Pesquisa Médica e Veterinária, Clínica, Homeopática, Nutricional) que mais atrai as pessoas.

A evolução da Radiestesia em uma técnica de diagnóstico médico aconteceu quando o padre Jean Jurion se tornou interessado em usar a radiestesia e a Homeopatia. A homeopatia foi estudada em conjunto com Radiestesia por causa de suas fundações semelhantes em uma base energética da saúde. Suas primeiras tentativas de diagnosticar a doença foram corroboradas por médicos e, a partir daí prescreveu remédios homeopáticos com o auxílio de diagnóstico pendular. Hoje, radiestesistas médicos têm o reconhecimento oficial por parte do Ministério do Trabalho Francês, como um grupo profissional, Syndicat des Radiesthetisistes, ou a União dos Médicos Radiestesistas.

O sucesso da Radiestesia alcançado por médicos reconhecidos levou ao desenvolvimento de diversas modalidades médicas relacionadas com a Radiestesia dentre elas a Radiônica (Dr. Albert Abrams) e a Psiônica (George Laurence) que se baseia na ideia de que as vibrações estão presentes em uma escala minúscula em todos os lugares.

Enfim, o que é Radiestesia?

Tudo o que está vivo emite e sente vibrações e se ampliarmos este conceito através da física quântica, tudo no universo está conectado. A linguagem do universo, normalmente, é chamada de energia.

A radiestesia nada mais é do que a capacidade de sentir esta energia. Mas não basta apenas sentir, precisamos saber o que fazer com isso, o que requer conhecimentos na área nas quais estamos trabalhando. Portanto, a radiestesia não substitui o conhecimento acadêmico, mas sim é uma aliada, um complemento que devemos usar para ir além do que os instrumentos tradicionais que usamos no nosso dia-a-dia nos mostram.

É com este intuito que ministro cursos de radiestesia. Minha intenção é a de fornecer de uma maneira simples e direta um método de como se trabalhar com a radiestesia de uma forma consciente e com responsabilidade. Radiestesia é simplesmente radiestesia, e o seu completo entendimento e conhecimento só é obtido com muita prática.

Termino este artigo com outra citação.

Pode-se argumentar que muitos radiestesistas cometem todo tipo de erro. Mas não há muitos médicos insuficientemente preparados para praticar a sua arte, ou engenheiros cujo trabalho é nitidamente inferior? Da mesma forma, há radiestesistas e radiestesistas.
- Armand Viré

Engº José Roberto Ruiz
Associado à ABRAD – Associação Brasileira de Radiestesia e Radiônica

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