Escrever
sobre radiestesia é sempre um desafio embora sua prática remonte à
pré-história. É que até hoje muitas pessoas a olham com pré-conceitos. Isto se
deve ao fato de que é uma prática considerada, por muitos, como de pouco valor
científico e, o que é pior, ligada a misticismos e magias.
A
radiestesia pode ser aplicada a toda e qualquer área do conhecimento humano,
basta somente ser radiestesista e ter conhecimento sobre a área que estamos
pesquisando. Entendemos como conhecimento a formação necessária, inclusive a
acadêmica. Por exemplo, em minha opinião, não existe a tão propalada
radiestesia clínica, e sim um profissional da saúde (médico, enfermeiro, etc.)
que também é radiestesista, ou que pede ajuda de um radiestesista, mas é o
profissional da saúde quem dá o diagnóstico clínico. O mesmo procedimento deve
ser seguido nas outras áreas do conhecimento humano.
Precisar
a origem da radiestesia não é uma tarefa simples. Se falarmos em termos de
registro, citações são encontradas: na Bíblia, em gravuras antigas na China e
no Egito, na mitologia nórdica. Heródoto, o Pai da História, menciona o uso de
varas de salgueiro no século 5 AC. Os maoris (Nova Zelândia) fazem perguntas às
varas de adivinhação feitas da madeira mahoe (Alectryon macrococcum e
A. mahoe). A prática vem do uso das ‘varinhas mágicas’ chegando hoje ao
instrumento mais popular que é o pêndulo.
De acordo
com alguns pesquisadores a Alemanha pode ser considerada a origem da
radiestesia moderna, e a França a origem da radiestesia médica. Em 1913, um
biólogo francês, Armand Vire, partiu para refutar a prática da radiestesia, mas
acabou reconhecendo o ‘fenômeno’ que não pode ser objetivamente explicado pela
ciência. Ele sinaliza o advento da radiestesia médica, que só ocorreu quando o
padre Jean Jurion, o abade Alexis Bouly, o padre Jean-Louis Bourdoux e o Abbé
Alexis Mermet se envolveram. Há os que dizem que o Caduceu – símbolo da
medicina moderna, é baseado na varinha de adivinhação.
O termo
radiestesia foi criado pelo abade Alexis Bouly, através de uma combinação de
uma raiz latina ‘radiação’ e uma raiz grega para ‘percepção’ com o significado
de ‘percepção à radiação’. Sua preocupação foi a de dar credibilidade a
radiestesia, primeiro separando-a do passado controverso e finalmente através
de testes científicos.
Embora a
radiestesia seja aplicada a diversas áreas, tais como: Prospecção Hidromineral;
Pesquisa Geobiológica, Agrícola e Ecológica, Bioarquitetônica, Arqueológica,
Criminalística e Militar, Psicológica; é a área da saúde (Pesquisa Médica e
Veterinária, Clínica, Homeopática, Nutricional) que mais atrai as pessoas.
A
evolução da Radiestesia em uma técnica de diagnóstico médico aconteceu quando o
padre Jean Jurion se tornou interessado em usar a radiestesia e a Homeopatia. A
homeopatia foi estudada em conjunto com Radiestesia por causa de suas fundações
semelhantes em uma base energética da saúde. Suas primeiras tentativas de
diagnosticar a doença foram corroboradas por médicos e, a partir daí prescreveu
remédios homeopáticos com o auxílio de diagnóstico pendular. Hoje,
radiestesistas médicos têm o reconhecimento oficial por parte do Ministério do
Trabalho Francês, como um grupo profissional, Syndicat des Radiesthetisistes,
ou a União dos Médicos Radiestesistas.
O sucesso da Radiestesia alcançado por médicos reconhecidos levou ao
desenvolvimento de diversas modalidades médicas relacionadas com a Radiestesia
dentre elas a Radiônica (Dr. Albert Abrams) e a Psiônica (George Laurence) que
se baseia na
ideia de que as vibrações estão presentes em uma escala minúscula em todos os
lugares.
Enfim, o
que é Radiestesia?
Tudo o
que está vivo emite e sente vibrações e se ampliarmos este conceito através da
física quântica, tudo no universo está conectado. A linguagem do universo,
normalmente, é chamada de energia.
A
radiestesia nada mais é do que a capacidade de sentir esta energia. Mas não
basta apenas sentir, precisamos saber o que fazer com isso, o que requer
conhecimentos na área nas quais estamos trabalhando. Portanto, a radiestesia
não substitui o conhecimento acadêmico, mas sim é uma aliada, um complemento
que devemos usar para ir além do que os instrumentos tradicionais que usamos no
nosso dia-a-dia nos mostram.
É com
este intuito que ministro cursos de radiestesia. Minha intenção é a de fornecer
de uma maneira simples e direta um método de como se trabalhar com a
radiestesia de uma forma consciente e com responsabilidade. Radiestesia é
simplesmente radiestesia, e o seu completo entendimento e conhecimento só é
obtido com muita prática.
Termino
este artigo com outra citação.
Pode-se
argumentar que muitos radiestesistas cometem todo tipo de erro. Mas não há muitos
médicos insuficientemente preparados para praticar a sua arte, ou engenheiros
cujo trabalho é nitidamente inferior? Da mesma forma, há radiestesistas e
radiestesistas.
- Armand Viré
- Armand Viré
Engº José
Roberto Ruiz
Associado
à ABRAD – Associação Brasileira de Radiestesia e Radiônica
Nenhum comentário:
Postar um comentário